Nordiska Museet por Letícia Figueira.
Estocolmo, a capital da Suécia, é também sua maior e mais populosa cidade – há quase 900 mil habitantes nas 14 ilhas que a compõem.
Neste primeiro post da série sobre a viagem de nossa equipe à cidade vamos falar um pouco sobre algumas questões práticas – como dinheiro, transporte e alimentação – e sobre a ilha de Djurgården, que concentra vários pontos turísticos.
1. Dinheiro
Embora faça parte da União Europeia, a moeda corrente na Suécia são as Coroas Suecas – Kronor – e não os Euros. Cada Coroa vale cerca de R$0.31, mas é importante ficar atento, pois o preço das coisas não é um terço do preço brasileiro por causa disso. Ao planejar sua viagem para Estocolmo lembre-se de habilitar seu cartão para saques e débito internacional, e que para realizar saques geralmente é necessário que os caixas eletrônicos sejam identificados com a bandeira de seu cartão – Visa ou Master, por exemplo – mesmo que você não possua a função crédito. Para maiores detalhes a respeito destas transações, consulte seu banco com antecedência, pois o procedimento para habilitar esta função pode ser bem diferente de um banco para o outro – variando de uma rápida autorização via internet a uma burocrática emissão de documentos em papel.
Trocar Reais por Coroas no Brasil é uma tarefa muito difícil – nós embarcamos no Aeroporto de Cumbica, o mais movimentado do país, e nenhuma das casas de câmbio consultadas trabalhavam com a moeda sueca.
2. Visto, Vacinas e Seguro Viagem
Para turistas brasileiros não é exigido visto para até 90 dias de permanência. Já o seguro viagem é obrigatório, pois a Suécia faz parte do Espaço Schengen desde 1996. O Tratado de Schengen estabelece a obrigatoriedade de um seguro com pelo menos 30 mil Euros de cobertura em assistência médica.
Quanto às vacinas, segundo a funcionária da Anvisa do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, nenhuma vacina é exigida para entrar no país.
3. Transporte
O maior aeroporto da Suécia é Arlanda, localizado cerca de 40km ao norte de Estocolmo. Existem várias opções de transporte do aeroporto para o centro da cidade – há trens e táxis, mas a opção mais barata é o ônibus, que leva cerca de 45 minutos até o centro.
Em Estocolmo existem ônibus de vários tipos, metrô e até mesmo uma linha de barcas. Para utilizá-los é preciso ter o cartão de transporte, que é pré-pago, e garante viagens ilimitadas dentro do período de vigência, que pode variar de 24h a um ano.
As estações de metrô são bem modernas, com aquecimento, painéis eletrônicos indicando o destino e quantos minutos faltam para cada trem. Elas lembram, em alguns aspectos, a nova linha amarela do metrô de São Paulo – há portas no lugar das catracas, por exemplo.
3. Alimentação
A comida na Suécia é muito cara. O almoço em uma praça de alimentação no centro de Estocolmo pode custar até quatro vezes mais que um almoço no Brasil nos restaurantes self service, que são uma das opções mais comuns para os brasileiros. Uma simples latinha de refrigerante no supermercado custa cerca de 10 SEK – mais de R$3 – e um café expresso simples pode chegar facilmente a R$9.
Ficar em um lugar onde seja possível cozinhar pode ser uma maneira de economizar, principalmente se sua viagem for mais longa e não tiver a gastronomia local como objetivo.
4. Djurgården
A ilha de Djurgården, desde o século XV, era uma propriedade real, e o parque homônimo era um território de caça para o nobres. Porém, atualmente a ilha é conhecida por concentrar um número grande de atrações turísticas. Listamos cinco delas a seguir:
– Nordiska Museet
O Museu Nórdico é a primeira atração que visualizamos ao chegar à ilha indo pela estação Karlaplan. Inaugurado em 1907, o edifício levou cerca de quinze anos para ser construído. O fundador do museu foi Arthur Hazelius, que começou sua coleção após uma viagem à cidade de Darlana, em 1872. É o maior museu de história cultural do país, com exposições sobre a casa, roupas e moda, costumes e tradições da vida diária na Suécia através dos tempos.
– Skansen
Em 1891 Arthur Hazelius fundou outro museu, desta vez a céu aberto – o Skansen.
Nós estivemos lá no último domingo e o lugar é fascinante!
Atualmente o museu conta com uma área de aproximadamente trezentos mil metros quadrados, ao lado do Nordiska, nos quais erguem-se casas, igrejas e muitos outros tipos de construções de diversas épocas e lugares da Suécia. Há um zoológico de animais escandinavos, onde é possível ver animais como ursos, lobos, linces e renas e, durante o ano, há eventos pelo museu com danças tradicionais e músicas folclóricas. Não há visitas guiadas, mas é permitido entrar em algumas das casas, e nelas há atores que, vestidos com trajes de época, contam sobre a construção e seu uso.
Uma curiosidade: a igreja de Seglora, construída no século XVIII, foi transferida para o museu no início do século XX e ainda hoje é utilizada para casamentos.
– Vasamuseet
O Museu do Vasa fica do lado oposto do Nordiska em relação a Skansen e tivemos o prazer de visitá-lo no último sábado. O museu foi especialmente edificado para o abrigar o Vasa, que é o único navio de guerra do século XVII ainda existente no mundo. Depois de mais de três séculos submerso, o navio foi içado das águas do mar Báltico com 95% do casco preservado. O barco, ricamente ornamentado, naufragou em sua inauguração, em 1628, por causa de um problema de estabilidade que o fez se inclinar e ser invadido pela água que entrava pelas canhoneiras abertas.
No fim da década de 1950 o casco, as esculturas, muitos utensílios da embarcação e até mesmo alguns esqueletos dos poucos tripulantes que não conseguiram escapar foram localizados, e agora fazem parte do acervo exposto do museu.
– Gröna Lund
Para quem gosta de parques de diversões o Gröna Lund é uma excelente opção de passeio, e é uma das atrações mais famosas de Djurgården. O parque, que permanece fechado durante o inverno, é muito antigo – em 2013 será comemorado seu 130º aniversário!
Suas trinta e duas atrações ocupam uma área relativamente pequena, mas há sete montanhas-russas diferentes, além de outros brinquedos muito altos. O Gröna Lund também recebe shows e eventos, inclusive foi palco para uma apresentação de Janis Joplin, em 1969.
– Junibacken
Para os amantes de literatura infantil – ou para quem estiver viajando com crianças – é possível mergulhar no universo dos personagens da escritora Astrid Lindgren em Junibacken, que é um museu com ares de parque temático. No Brasil a série protagonizada por sua personagem mais conhecida, Píppi Meialonga, foi lançada no início de 2000.
Fica aberto durante o ano inteiro e uma de suas principais atrações é o Trem Storybook, que conduz seus passageiros por uma história narrada em diversos idiomas – como inglês e espanhol, mas não em português.